02 abril 2012

Eclesiastes 2.18-26 - Satisfação não Pode ser Encontrada no Trabalho


Sei que muitos concordam comigo e com o eclesiastes neste ponto, pois, todos nós uma vez ou outra perdemos o interesse pelos nossos trabalhos e questionamos se ainda continuar no emprego realmente vale a pena. Aqui temos as razões com base na análise de Salomão. E veremos dois princípios essenciais. Ninguém poderá levar os frutos do seu trabalho e nem controlá-lo após a morte.

Você não poderá levar os frutos do seu trabalho com você quando morrer.

Eclesiastes 2.18-20: Também aborreci todo o meu trabalho, com que me afadiguei debaixo do sol, visto que o seu ganho eu havia de deixar a quem viesse depois de mim. E quem pode dizer se será sábio ou estulto? Contudo, ele terá domínio sobre todo o ganho das minhas fadigas e sabedoria debaixo do sol; também isto é vaidade. Então, me empenhei por que o coração se desesperasse de todo trabalho com que me afadigara debaixo do sol”.

Não é muito difícil de perceber que Salomão era um homem muito ativo e trabalhador. Ele era como muitos brasileiros são. É muito fácil para alguns só pensar em trabalhar, trabalhar, trabalhar, e fazer planos estratégicos para ganhar mais e mais dinheiro, são muitas as pessoas que não tiram férias, que não gastam tempo com a família e que não têm, ou, não querem ter tempo de recreação e lazer. Alguns dizem enquanto estão se divertindo: “estou ganhando dinheiro”. Mas, o fim da corrida vai chegar. Um dia morremos, e, teremos querendo ou não, que deixar tudo para os outros. Esta é uma realidade que se aplica a cada um de nós. O faraó conhecido como rei Tutankamon tentou levar seu tesouro consigo, mas em 1922 tudo foi encontrado no sarcófago, nós rimos da tentativa dele. Mas milhões após ele têm agido como se pudessem levar suas economias com eles, têm muito medo de gastá-las para que não morram sem um tostão.

Você não poderá controlar os frutos do seu trabalho quando morrer.

Eclesiastes 2.21-23: Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria, ciência e destreza; contudo, deixará o seu ganho como porção a quem por ele não se esforçou; também isto é vaidade e grande mal. Pois que tem o homem de todo o seu trabalho e da fadiga do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol? Porque todos os seus dias são dores, e o seu trabalho, desgosto; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade”.

Algumas pessoas acumulam grandes fortunas, não para seu benefício próprio, mas para o benefício de seus filhos. Mas não há garantia de que os filhos vão ter a mesma sabedoria que os pais tiveram. Normalmente, as grandes fortunas são desperdiçadas por aqueles que as herdam.
A decepcionante realidade é que um significado para a vida não pode ser encontrado no trabalho. As coisas que tanto desejamos são semelhantes ao algodão doce, ele é bonito e sedutor, mas não passa de um redemoinho rosa de calorias vazias que ao se colocar na boca em segundos se desfaz.

Salomão, o pregador, leva-nos numa viagem em sua busca pela felicidade passando pela educação, pelo hedonismo (prazer), pela sabedoria e pelo trabalho. Todo esforço nestas áreas ele julgou ser inútil. Nenhuma dessas áreas, quando buscadas por causa própria, é capaz de dar sentido e alegria a vida. Assim, se conclui esta porção com as seguintes palavras: Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se? Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer ao homem que lhe agrada; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte e amontoe, a fim de dar àquele que agrada a Deus. Também isto é vaidade e correr atrás do vento”.

À primeira vista, parece que o pregador está surtando, dando a ideia de que a melhor coisa a se fazer é se empanturrar, ficar bêbado, e dizer que seu trabalho vale a pena, mesmo que você sabe que não vale. Mas isso é um equívoco. Salomão está dizendo que o comer, o beber e o trabalhar se não for de acordo com as normas de Deus também é correr atrás do vento. Não há nada de errado com essas coisas, o que estraga tudo é a nossa tendência a fazê-las em excesso sem moderação. Este assunto será tratado mais detalhadamente em (Ec 4.4-6). Na verdade Deus quer que desfrutemos dessas coisas. Porém, nenhuma delas pode tomar o lugar de Deus. Qualquer coisa que for mais importante para nós e tomar o lugar de é um ídolo.

Uma aplicação que podemos fazer desta passagem é a seguinte: Se nos esforçamos tanto para fazer coisas que julgamos importantes mas que são de pouco valor, porque não nos esforçarmos para agradar a Deus que é o nosso valor maior. Continuando a falar em comida e bebida, avalie seu empenho para se alimentar ou beber todos os dias. Você faz com prazer ou por obrigação? Se ao menos tivéssemos 10% de prazer para termos alimento espiritual seríamos muito mais nutridos espiritualmente do que somos.

E o trabalho? Quanto esforço no dia a dia? Você se dedica ao menos 5% para trabalhar para Deus? Seria uns 25 minutos por dia. Todo teu esforço neste mundo para as coisas deste mundo ficará neste mundo e um dia serão destruídas por Deus. O mínimo de esforço neste mundo para a obra de Deus, não ficará neste mundo, é um tesouro acumulado no céu e nunca será destruído. Analise bem, ao se comparar o tempo que lhe resta aqui no mundo (o único tempo que terá para servir) e o tempo que passará na eternidade, o que realmente vale a pena? Somente aqui no mundo teremos essa oportunidade, sua oportunidade é agora.

Use as Setas para  Ler Todas a Mensagens do Livro de Eclesiastes!

 

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